Questionado muitas vezes por sua família, não se deu ao luxo de pecar em suas criações, boêmio da vida baiana, Assis conhecia cada canto da cidade do Salvador e com o espírito de um grande criador correndo em seu sangue permitiu-se entregar completamente às suas obras, fazendo com que cada traço de sua arte expirasse-se à deliciosa maresia do litoral da capital baiana. A luxúria talvez fosse seu único ato profano, que acabou virando uma marca registrada de suas obras; nada que este arquiteto riscasse em sua prancheta, o primeiro rascunho de suas obras primas, poderia passar despercebido aos olhos dos pedestres que por ali passassem. A cidade transformou-se com o tempo, mas Assis nos presenteou com marcos históricos que, até hoje, quando a vida boêmia parece ter sido trocado por frios e grotescos shopping center, misturam-se no coração da cidade, atemporais - como se estivessem ali desde a chegada dos portugueses -, e sua falta seria notada até mesmo pelos que nunca pararam para apreciá-los.
André REIS Soares
Em 18/04/2009
Muito bonito, Deco! Adorei.
ResponderExcluirFilho, Adorei!!!! Pena voce não ter seguido a carreira dele. Certamente seria um grande díscipulo.
ResponderExcluirNeto empolgado,
ResponderExcluirnem tanto o quanto imagina do seu avô...
Obrigado, Deco